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Ao longo de 4 anos de trabalho e dedicação ainda se ouvem críticas por dar aulas sem capacete.

Mas porque será que a pessoa que está a ensinar está sem capacete?

Todo o trabalho que realizamos na nossa escola tem um sentido, um objetivo, um princípio a ser seguido. As regras são rígidas e são para cumprir. A segurança dos pilotos está em primeiro lugar.

Quem acompanha o trabalho realizado na escola entende bem do que falo.

Não entras em pista sem autorização, não andas a passear pela pista, não falas para dentro da pista, não cortas o sentido da pista, estas são algumas das regras e a estas se acrescenta que não rodas na pista sem equipamento de proteção e muito menos sem o capacete estar apertado.

Todos sabem como funcionamos na escola exceto os ignorantes que falam sem nunca terem acompanhado uma aula que seja ou que tenham sequer estado 5 minutos na escola.

Existem alguns registos pela Internet de momentos em que não se percebe o que se constrói. Não se percebe a velocidade da construção da fotografia, mas que servem para fazer as críticas, críticas de quem não sabe, críticas de quem não percebe, críticas de quem não tem a humildade de perguntar “porquê”?

Porque andas sem capacete com as crianças?

Aí está uma pergunta que eu gostava de ouvir, e já há muito tempo, mas até à data ninguém a soube fazer. E como nunca a fizeram eu hoje vou responder por iniciativa própria aos tais ditos ignorantes que só souberam dizer que está mal.

O trabalho feito com as crianças é feito a uma velocidade muito baixa, que qualquer pessoa consegue acompanhar a andar ao lado a pé, e numa posição um pouco desconfortável para quem vai a dar a aula. A necessidade de segurar no guiador obriga-me a estar de lado, em desequilíbrio.

O uso do capacete numa situação destas provoca um maior desalinhamento do meu corpo em relação à mota, não favorece o descendimento do trabalho de equilíbrio da criança.

As crianças ao início têm pouca resistência física e fraca capacidade de concentração, também por isso é fundamental o contacto verbal que estabeleço com elas.
Com o uso do capacete essa comunicação torna-se difícil, a criança não consegue ouvir ou entender o que digo e o contrário também se aplica, estaríamos agora sim em risco.

O trabalho de responsabilidade para com as motas começa a partir do primeiro metro. Aproveitando-me do facto de estar desprovido de equipamento, reparei ao longo do tempo que também é a melhor maneira de criar responsabilidade ao piloto e de o mesmo garantir a sua segurança.

“Atenção estou sem capacete não posso cair e estou a confiar em ti que vais a conduzir”.

Por acaso algum adulto confiou em vocês quando eram crianças ?
Se calhar ainda hoje não confiam.

Para um piloto o uso do capacete é tão importante como o resto do equipamento, seja num local público ou privado, tenha a lei legislação para isso ou não. O importante é a segurança.

Para um crítico não importa a segurança, basta abrir a boca e esperar que alguém lhe dê razão.

Respeitem o trabalho de quem tem experiência no que faz e trabalha em segurança e não sejam inconscientes no que dizem.

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